
Quando algo de diferente nos acontece, tendencialmente julgamos que pertencemos a uma comunidade rara. No entanto, é extraordinariamente interessante reparar que tantos navegam no mesmo mar dentro de barcos de uma mesma frota, diferenciados apenas pelo design exterior e identidade.
Estive, numa ocasião especial, com 8 Mulheres, em que, pelo menos, assumidamente, 6, passaram ou estão a passar por momentos de pressão sem tamanho. Ainda por cima, este estado é de tal forma manipulador que nos leva por caminhos escuros onde ao fundo não se vislumbra uma única luzinha. Pior ainda, torna cada vez maior este túnel ao ponto de se perder a lucidez e transformarmos uma guerra não nossa nas batalhas das nossas várias frentes: trabalho, família, amigos e nós, envolvem-se neste ambiente hostil e, ainda que tentemos proteger cada um destes exércitos, há um, forçosamente que perde. Perde sempre, porque fica um farrapo, porque não lhe dedicou o tempo e a atenção necessários para manter-se forte e apresentar-se nessas várias frentes realmente confiante. Em cada exército, somos os soldados e nessa guerra que não é nossa devemos lutar, sim, mas apenas quando estamos nesse campo. Baixando as armas, mesmo assumindo uma derrota, aquele exército chamado “nós” é o que tem que ser composto pelos soldados mais vigorosos, é neste que reside a aposta, para não se fragilizar perante os restantes. É este que tem que ganhar, sempre! O resto, será consequência. Não podemos deixar vencer esta estratégia, comum a todos os outros exércitos que é esta pressão a arrastar o “nós” para outro campo de batalha, para um nível bem mais difícil. Chegar aqui, à depressão, é não nos termos preparado convenientemente para combater o mais difícil dos guerreiros. Este é o inimigo a abater de vez, mas para não haver mortos e feridos, temos que defender o “nós” estrategicamente: não pelas armas, antes pela inteligência.